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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

2 Smartphone Panasonic Lumix 101P tem câmera de 13,2 megapixels, tela com resolução 960x540 e Android

Pô, Japão, por que você sempre recebe as coisas mais legais primeiro? Este celular parece incrível. É como se uma câmera Lumix e um smartphone Android tivessem um bebê. E ele ainda é à prova d’água? Quero já.


O Panasonic Lumix Phone 101P tem sensor CMOS Lumix de 13,2 megapixels com flash – caso você não saiba, os sensores de imagem nas câmeras Lumix são muito bons. O aparelho também tem tela LCD de 4 polegadas e resolução 960×540 e processador TI OMAP4430 dual-core de 1GHz. Ele é à prova d’água, assim como todos os celulares deveriam ser, roda Android 2.3 Gingerbread com software a mais para a câmera (como o ótimo Intelligent Auto), e o que mais, toma NFC pra usar o celular como carteira. E ele é fino: só 9,8mm de espessura. Demais.

Com as notáveis exceções do Nokia N8 e iPhone 4, em geral as câmeras nos celulares não são ótimas, o que faz sentido: tentar amassar uma câmera em algo tão fino como um celular cria diversos desafios e limita bastante o tamanho do sensor e da lente. Nenhuma câmera de celular poderia substituir completamente uma DSLR profissional, mas se a Panasonic acertou na combinação, este aparelho poderia substituir sua point-and-shoot.

Ainda não foi informado o preço, nem sua disponibilidade fora do Japão. Lá, ele será lançado em novembro.

Via Panasonic 101P e TechCrunch
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0 Astrônomos revelam a aparência e a anatomia de um buraco negro

Esta é a representação artística mais completa já feita de um buraco negro gigante, que pela primeira vez foi observado desde o infravermelho até os raios gama.[Imagem: NASA/M. Weiss(Chandra X-ray Center)]
Super buraco negro


Uma frota de observatórios e telescópios espaciais, incluindo o XMM-Newton e o Integral, descreveram com um detalhamento nunca antes atingido o que se passa nas proximidades de um buraco negro supermassivo.

O estudo revelou que enormes "projéteis" de gás afastam-se velozmente do "monstro gravitacional".

O buraco negro em estudo fica no coração da galáxia Markarian 509, a 500 milhões de anos-luz. Este buraco negro é colossal, com 300 milhões de vezes a massa do sol, tornando-se cada vez maior à medida que vai se alimentando da matéria ao seu redor.

O Markarian 509 foi escolhido por já se saber que o seu brilho varia, uma indicação de que o fluxo de matéria para o buraco negro é turbulento. A radiação desta região interior desencadeia um fluxo de gás para fora do buraco negro.

Fotografia completa de um buraco negro

O buraco negro foi monitorado durante 100 dias. "O XMM-Newton liderou estas observações em virtude da sua vasta cobertura de raios X, além da câmara de monitoramento óptica," disse Jelle Kaastra, do Instituto SRON, na Holanda, que coordenou a equipe internacional de 26 astrônomos de 21 institutos em quatro continentes que conduziu estas observações.

Além do XMM-Newton e do Integral, da ESA, foram usados o Telescópio Hubble, os satélites da NASA Chandra e Swift, e os telescópios de terra WHT e PARITEL.

Em conjunto, estes instrumentos ofereceram uma cobertura em termos de comprimento de onda sem precedentes: desde o infravermelho, passando pelo visível, ultravioleta, raios X e até à banda dos raios gama.

Durante a campanha de observação, a galáxia superou o previsto: em lugar das flutuações no brilho da ordem dos 25%, a variação saltou para 60% na banda dos raios X, o que indica a ocorrência de uma perturbação maior no escoamento do gás no buraco negro.

Galáxia ativa Markarian 509, vista em visível pelo Telescópio Hubble, que pela primeira vez teve sua "cara" e sua anatomia reveladas em uma super campanha de observações astronômicas. [Imagem: NASA/ESA/J. Kriss(STScI)/J. de Plaa(SRON)]
Anatomia do buraco negro


As observações vieram mostrar que o escoamento consiste em projéteis gigantes, ejetados a milhões de quilômetros por hora. Os projéteis são arrancados de um reservatório de matéria, prestes a cair no buraco negro.

A surpresa é que o reservatório está situado a mais de 15 anos-luz do buraco negro. Muito mais distante do que aquilo que os astrônomos julgaram ser possível para o horizonte de eventos.

"A origem deste gás que escapa tem sido tema de discussões em astronomia já há algum tempo," diz Kaastra.

O reservatório de gás empoeirado tem a forma de um biscoito (um anel grosso, ou toroide) que envolve o buraco negro. A matéria entra em espiral na direção do buraco negro, criando um disco de acreção no qual o gás se comporta como a água escoando pelo ralo de uma pia.

Disco de acreção

As observações mostraram também que o disco de acreção apresenta uma "pele" de gás com uma temperatura de milhões de graus. É daqui que vêm os raios X e raios gama que empurram o gás mais distante para fora.

"Os resultados reforçam a importância de manter observações a longo prazo e campanhas de monitoração para se ganhar uma compreensão mais profunda de objetos astrofísicos variáveis. O XMM-Newton passou por todas as necessárias mudanças organizacionais para permitir estas observações, agora o esforço compensou," disse Norbert Schartel, cientista da ESA para o XMM-Newton.


Via iT
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domingo, 2 de outubro de 2011

0 Esta vacina com 90% de chance de sucesso pode ser nossa melhor arma para erradicar a AIDS


Cientistas espanhóis completaram o primeiro teste em humanos de uma nova vacina contra o HIV. Ela teve sucesso em 90% dos voluntários sem HIV durante a primeira fase de teste. A vacina traz grande esperança para erradicarmos de vez essa grave doença.


A equipe liderada pelo doutor Mariano Esteban, um pesquisador do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha, está trabalhando no método desde 1999. Ele estão usando um vírus atenuado chamado MVA-B, uma variação da Vaccinia Modificado Ankara, que já foi utilizado para erradicar a varíola. O MVA também forma a base de outras vacinas. O B se refere ao HIV-B, o sub-tipo mais comum de HIV na Europa.

A equipe de do doutor Esteban inseriu os genes Gag, Pol, Nef e Env, do HIV, em uma sequência genética do MVA. Em 2008, eles tentaram usar o HIV modificado em macacos e ratos. O experimento foi um sucesso.

Sucesso em teste com humanos

Os primeiros resultados de testes com humanos foram publicados no Vaccine and Journal of Virology. No experimento, cientistas injetaram a vacina em 24 dos 30 voluntários sem HIV. Seis voluntários foram tratados com vacina de placebo — eles não apresentaram nenhum efeito. Mas 90% dos testados criaram uma resposta imunológica muito forte contra o vírus do HIV. 85% mantiveram a reação imunológica por pelo menos um ano. É uma ótima notícia.


De acordo com os resultados, nenhum tipo de efeito secundário significativo foi encontrado nos pacientes. Esse era um dos principais objetivos do primeiro teste.

Apesar do sucesso, Esteban está cauteloso:

 "O tratamento foi testado em apenas 30 voluntários e, apesar de [a vacina] provocar uma resposta poderosa na maioria dos casos, ainda é cedo para dizer se a defesa criada será efetiva contra uma infecção real (de HIV)".

A equipe agora irá começar outra fase de testes, injetando a vacina em pessoas infectadas com HIV. O objetivo do novo experimento é testar os efeitos terapêuticos da vacina.


De acordo com Esteban, “a princípio, o perfil imunológico do MVA-B está dentro dos requerimentos para a criação de uma vacina contra o HIV, por ter a criação de anticorpos e por ativar células chave na hora da defesa contra o vírus”. Infelizmente, a vacina ainda está longe da comercialização: eles precisam testar a criação nas fases II e III, injetando a vacina em voluntários com o vírus em larga escala.

Felizmente, podemos esperar que um dia essa vacina acabe de vez com o maldito HIV.

Via CSIC
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0 Avião de passageiros voou quase de cabeça pra baixo por causa de piloto distraído


Um avião da ANA (All Nippon Airways) rumo a Tóquio com 117 passageiros a bordo passou por um susto neste mês. Um dos pilotos, por acidente, fez um Boeing 737-700 voar quase de barriga pra cima. Como deve ser horrendo voar de cabeça pra baixo!


Eis o que aconteceu: o copiloto confundiu a alavanca de compensação do leme com a trava da porta da cabine, então quando ele “abriu a porta” para o capitão, na verdade ele fez o avião girar 132° e cair 1.900m em 30 segundos. De acordo com investigações internacionais, “a aeronave de corpo estreito continuou a se inclinar até chegar a 131,7 graus à esquerda, deixando-a quase de barriga para cima. O nariz do avião apontou para baixo a até 35 graus em dado momento.”

Um 737 não é um avião de aeromodelismo. Ele não deveria estar girando no céu, especialmente com passageiros a bordo. Felizmente, todos estão a salvo – só dois comissários de bordo se machucaram, e alguns passageiros reclamaram que se sentiam um pouco mal.

Via Kyodo News
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0 Homem mira laser pointer em helicóptero e polícia o prende em minutos

Se você um dia ficar tentado em mirar um laser pointer num helicóptero, antes lembre-se deste vídeo. Ele mostra o FBI rastreando dos céus alguém que teve essa ideia infeliz.


Tudo acontece muito rápido. Os pilotos do helicóptero recebem o equivalente a uma lanterna no rosto apenas com o pequeno feixe vindo do chão, e pedem por ajuda. Felizmente, os policiais conseguem seguir o feixe verde à distância, até chegar no cara que o emitiu. Ele está de roupão? Difícil dizer. Em minutos, ele é cercado por policiais e então preso.

Mas foi só brincadeira, não? Não. Arriscar as vidas dos pilotos lá em cima e de possíveis vítimas lá embaixo é crime. Nos EUA, quem abusa dos fótons pode receber até 20 anos de prisão e US$250.000 de multa. E você não vai querer dizer a seus colegas de presídio que foi preso “por brincar com laser pointer”.


Via The Atlantic
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0 Cientistas conseguem extrair, gravar e devolver informação para o cérebro


Isso é incrível: uma equipe da Universidade de Tel Aviv liderada pelo professor Matti Mintz desenvolveu um cerebelo sintético que pode receber impulsos sensoriais do cérebro, analisá-los, e depois devolver a informação para outras partes do cérebro!


O sistema está atualmente funcionando em ratos, e conseguiu restaurar funções perdidas do cérebro causadas por tecido danificado. No entanto, a coisa mais importante é que o estudo prova que a comunicação entre cérebro e máquina pode funcionar no caminho bidirecional, com uma máquina recebendo informação do cérebro, analisando-a e a devolvendo ao mesmo lugar. Nas palavras de Mintz:

"Trata-se de uma prova de conceito de que nós podemos gravar informações do cérebro, analisá-las em uma forma similar à rede biológica, e devolve-la ao cérebro".

O módulo experimental criado pela equipe devolveu piscadas reflexivas ao rato. Ele se conecta ao cérebro pra detectar quando o rato ouve um bipe para assim lhe dar uma ordem para que o cérebro faça o rato piscar.


É um experimento bem simples, mas Fracesco Sepulveda, da Universidade de Essex, explica:

"Isso demonstra quão longe já fomos na proposta de criar circuitos que possam um dia substituir áreas danificadas do cérebro e até mesmo aumentar a força de um cérebro saudável. O funcionalidade de mímica do circuito é bem básica. Não obstante, trata-se de um passo empolgante para chegarmos em possibilidades enormes".

Estou embasbacado. Vídeoclipes que reconstroem a atividade visual do cérebro, partículas mais rápidas do que a luz, carros com cheiro de torrada e agora cientistas restaurando funções perdidas de um cérebro usando implantes eletrônicos. Setembro é oficialmente o mês mais maluco da ciência na história recente.

Via New Scientist
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1 Por que a fibra de carbono é tão cara?


Quando a fibra de carbono foi introduzida ao mundo, em motores de foguete e tanques de guerra na década de 60, ela estava fadada a dominar não apenas a fibra de vidro, mas toda uma outra gama de materiais. O que aconteceu?


Cinquenta anos depois, ela ainda é um material exótico. Ela está no uniforme do Batman e nas partes de alto desempenho e nos painéis de carros caros, mas, custando 10 dólares por libra, ainda é muito cara para uso em massa. Mas nós estamos usando esse negócio há décadas. Cadê a Lei de Moore para baratear o custo? Por que ainda é tão caro?

Acontece que, mesmo depois de meio século, continua sendo um saco produzir esse negócio.

Antes que a fibra de carbono se torne fibra de carbono, ela começa como um material de base — geralmente um polímero orgânico com átomos de carbono ligando longos fios de moléculas, chamado poliacrilonitrila. É uma palavra grandona para um material similar aos acrílicos em carpetes e malhas. Mas, diferente do material que se transforma em roupas e coisas para se estender no chão, o material que se transforma em algo mais leve e resistente que o aço custa bem mais. Um preço inicial de mais ou menos três dólares por libra não é tão assustador, mas a coisa logo se expande.

Para se chegar à parte de carbono da fibra de carbono, metade do acrílico do material inicial precisa ser eliminado. “O produto final vai custar o dobro do preço inicial, já que você queima a metade”, explica Bob Norris, do grupo de matrizes compostas de polímeros do Oak Ridge National Laboratory. “Antes mesmo de considerar os custos de energia e equipamentos, o precursor no produto final é algo próximo de 5 dólares por libra”.

Este preço — US$ 5 por libra — é também o número mágico para conseguir colocar a fibra de carbono nas principais aplicações automotivas. Até sete é possível, mas cinco é melhor. Até aqui, só o material base já estourou o orçamento.

Mas não para por aí. Forçar o acrílico a se soltar de seus átomos não-carbônicos exige máquinas monstruosas e gera muito calor. O primeiro dos dois principais passos no processamento é a estabilização de oxidação. Aqui, as fibras passam continuamente por fornos de 15 a 30 metros de comprimento, aquecidos a temperaturas de centenas de graus Celsius. O processo leva horas, sendo um enorme gasto de energia.

Então o material passa pelo processo chamado carbonização. Apesar das fornalhas aqui serem menores e menos longas, elas operam em temperaturas muito mais altas — estamos falando de cerca de 1000 graus Ceulsius para o passo inicial, e depois outra rodada de aquecimento a temperaturas ainda mais altas. Você não quer nem pensar no tamanho dessa conta de energia.

E tem mais. Os fabricantes ainda têm que lidar com o acrílico que não segura durante o processo de aquecimento. Gases precisam ser tratados para não causar danos para o meio ambiente. Não é fácil ser ecológico. “É muita energia, muito espaço físico ocupado e muitos equipamentos enormes”, diz Norris. E até aqui estamos falando apenas da fabricação das fibras individuais.

Pare um pouquinho para pensar em onde estamos no processo de fabricação, comparado a onde queremos chegar. Aquele painel com visual incrível, de trançado visível, resistente como uma rocha e levíssimo é o que você imagina quando pensa em fibra de carbono, não é? Bem, até agora nós só fizemos os fios. Ainda temos que moldá-los num entrelaçado que junte tudo e se beneficie da resistência unidirecional do material.

Para fazer a coisa certa, é necessário ter certeza que todos os fios estão fazendo a sua parte. “É preciso se preocupar se as fibras estão todas paralelas e igualmente esticadas”, explica Rob Klawonn, presidente da fábica de fibra de carbono Toho Tenax America. Um fio ondulado em um entrelaçado de fios faz com que o fio esticado mais próximo tenha que se esforçar mais, e este fio reto vai acabar se quebrando antes. Para compensar a possibilidade de existir um entrelaçado imperfeito, os fabricantes podem incluir dez por cento a mais de fibras do que o necessário, apesar do incremento no preço.

Sozinhos, porém, estes entrelaçados não são o material forte que os fabricantes precisam. Eles são um reforço, da mesma forma que o aço é um reforço para o concreto. Atualmente, a fibra de carbono funciona em conjunto com uma resina termofixa. Juntos, eles formam um composto que pode ser manipulado para assumir um determinado formato. O problema é que, depois de moldada e curada em uma autoclave, é impossível modificar o formato sem prejudicar a integridade estrutural do produto. Um pequeno erro pode significar um desperdício grande — inclusive de tempo. A termofixação demora cerca de uma hora, um tempo longo considerando quanto demora para a indústria automotiva fazer os painéis.

Por isso, não basta uma pequena modificação ou melhoria para jogar a fibra de carbono em uma faixa de preço mais baixa. É preciso uma revolução completa no sistema de fabricação. Mas, sendo isso algo com um prospecto de retorno financeiro tão alto, a indústria está se mexendo.

Aqueles acrílicos tipo malha, por exemplo, podem ser usados no lugar dos que os fabricantes usam hoje. “O equipamento é menos especializado, por isso o custo do precursor pode ser cortado de 20 a 30 por cento”, diz Norris. Eles também estão investigando starters renováveis como a lignina, que vem da madeira, em vez das coisas baseadas em petróleo que são usadas hoje.

Processos de conversão alternativos — principalmente substituir aquecimento térmico por plasma — também poderiam diminuir os custos. “Isso cortaria o tempo gasto porque não seria mais necessário aquecer a fornalha inteira; você apenas geraria plasma o bastante para cercar os filamentos”, explica Norris.

E os cientistas também ainda não acertaram na mosca o processo químico para fazer a fibra de carbono funcionar com resinas termoplásticas. Mas, quando conseguirem, Klawonn prevê uma redução de 60-70% no custo do processo de conversão. A grande mudança é que os termoplásticos são rápidos para fixar e podem ser derretidos diversas vezes, o que permite correções, fazendo com que não seja mais necessário jogar tudo fora quando há um erro.

A mudança está no horizonte. Norris observa que a fibra de carbono foi instalada no lugar no alumínio em novas aeronaves como a Airbus A380. “Ela está se tornando mais presente, mas até agora apenas em indústrias que podem fazer investimentos em performance”. Vamos apenas esperar que os custos caiam antes das indústrias que estão esperando por essa queda.

Via Gizmodo
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0 Camisetas inteligentes monitoram saúde de pacientes

Agora rebatizada de "plataforma de biomonitoramento", a camiseta inteligente ganhou mais sensores e um localizador de GPS. [Imagem: UC3M]

Biomonitoramento


Pesquisadores criaram uma "camiseta inteligente", capaz de registrar vários parâmetros fisiológicos de forma não-invasiva.

O dispositivo é um melhoramento significativo de um protótipo lançado em 2010, então usado para monitorar o coração de jogadores de futebol.

Agora rebatizada de "plataforma de biomonitoramento", a camiseta inteligente ganhou mais sensores e um localizador de GPS, além de toda uma central de monitoramento, responsável por passar aos médicos as informações coletadas.

"A informação coletada pela camiseta inteligente, que usa uma tecnologia de tecido eletrônico, é enviada, sem fios, para um sistema de gerenciamento de informações, que então mostra a localização e os sinais do paciente em tempo real," afirmam os cientistas da Universidade Carlos III, em Madri, na Espanha.

Camiseta inteligente

A camiseta inteligente é lavável e possui embutidos em seu e-tecido os eletrodos que detectam as correntes bioelétricas do corpo.

Desta forma, apenas vestindo a camiseta, o paciente pode ser monitorado por um eletrocardiograma em tempo real.

A camiseta inteligente possui um acelerômetro, que é usado para detectar a posição corporal do paciente - se ele está de pé, reclinado, deitado etc. -, além de seu nível de atividade física, o que é importante para balizar os resultados do exame.

O e-tecido possui embutido ainda um termômetro, para fornecer leituras da temperatura do paciente em tempo real.

Os cientistas afirmam que sua plataforma de biomonitoramento foi projetada para ser usada no interior de hospitais - o sistema consegue detectar a posição do paciente dentro do hospital com uma precisão de dois metros.

Mas, "com pequenas modificações", a camiseta inteligente pode ser adaptada para a detecção de anomalias cardíacas em atletas ou para monitorar pacientes em suas casas.

Alarme georreferenciado

O sistema que roda no computador do hospital possui uma série de alarmes, dispensando que alguém fique olhando o monitor o tempo todo.

Os alarmes podem ser configurados conforme a situação do paciente, por exemplo, para disparar quando a temperatura exceder 38º ou quando a frequência cardíaca superar os 100 batimentos por minuto.

"Todos esses alarmes podem ser modificados pelos médicos para ajustá-los para as necessidades específicas de cada paciente; quando qualquer um desses alarmes dispara, aparece uma mensagem na tela, um SMS é enviado para o médico encarregado ou para o pessoal do hospital que, naquele momento, estiver mais próximo da localização do paciente em questão," afirmam os cientistas.

Via iT
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0 Neutrinos podem ter viajado mais rápido do que a luz

O gigantesco detector Opera, formado por 150.000 pequenos "tijolos" de uma emulsão nuclear, separados por folhas de chumbo. Dispostos em paredes paralelas, são esses tijolos que detectam os neutrinos.[Imagem: CNRS]

Neutrinos superluminais


Quando, há poucos mais de um ano, cientistas do experimento Opera detectaram neutrinos transmutando-se de um tipo em outro, eles logo falaram da descoberta de uma "nova física".

E eles aparentemente já tinham nas mãos outros resultados ainda mais surpreendentes.

Depois de dois anos de medições, e inúmeras revisões e checagens, eles finalmente resolveram compartilhar sua possível descoberta com outros pesquisadores.

Segundo Antonio Ereditato, da Universidade de Berna, na Suíça, a equipe aparentemente detectou neutrinos viajando mais rápido do que a velocidade da luz.

Quebra da relatividade?

Se neutrinos podem viajar mais rápido do que a velocidade da luz, então o preceito fundamental de que as leis da física são as mesmas para todos os observadores cai por terra.

A ideia de que nada pode viajar mais rapidamente do que a luz é um pilar da teoria da relatividade especial, formulada por Einstein. E esta teoria está na base de toda a física moderna.

Isto sim, pode apontar para uma "nova física" - desde que os outros pesquisadores não encontrem erros no experimento e nas análises.

"Nós tentamos por todos os meios descobrir um erro - erros triviais, erros mais complicados, efeitos impensáveis - mas não conseguimos encontrar nenhum," disse Ereditato.

Depois de tantos cuidados, ele e sua equipe afirmam ter alcançado um nível seis sigma, que indicaria uma descoberta científica realmente válida.

Tudo vai depender do escrutínio que será feito nos dados por equipes de físicos do mundo todo.

"Dadas as potenciais consequências de longo alcance desse resultado, medições independentes serão necessárias antes que o efeito seja refutado ou firmemente estabelecido," disse o CERN em nota.

O feixe de neutrinos percorre 730 km desde o CERN até o laboratório INFN, onde as medições são realizadas. [Imagem: CNRS]

Nano-incerteza


O experimento OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) está localizado a 1.400 metros de profundidade, no Laboratório Gran Sasso, na Itália.

Um detector ultra-sensível recebe um feixe de neutrinos disparado do laboratório CERN, na Suíça - onde está o LHC - que está localizado a mais de 730 quilômetros de distância.

O que os pesquisadores concluíram é que os neutrinos estão chegando 60 nanossegundos antes do que deveriam.

E isso só pode ser possível se eles estiverem viajando a uma velocidade maior do que 299.792.458 metros por segundo, que é a velocidade exata da luz.

Para checar seus resultados, os cientistas usaram relógios atômicos e avançados sistemas de GPS, conseguindo com isso reduzir a incerteza da distância percorrida pelos neutrinos para 20 centímetros - em relação aos 730 km do feixe.

O tempo de chegada dos neutrinos foi medido com uma incerteza de 10 nanossegundos.

Atalhos em outras dimensões

O físico italiano Antonino Zichichi, falando à revista Nature, levantou a hipótese de que - se os resultados se confirmarem e a física como a conhecemos estiver mesmo desmoronando - então os neutrinos superluminais podem estar pegando atalhos por dimensões extras do espaço, algo que é previsto pela Teoria das Cordas.

Mas tanto Ereditato quanto o CERN são bem mais comedidos.

"As medições do OPERA estão em desacordo com leis da natureza bem estabelecidas, embora a ciência muitas vezes progrida derrubando os paradigmas estabelecidos," diz a nota do CERN.

De fato, não têm faltado medições e estudos em busca de "desvios" da teoria da relatividade de Einstein - até hoje sem sucesso.

"As fortes restrições decorrentes dessas observações tornam improvável uma interpretação da medição do OPERA em termos da modificação da teoria de Einstein, o que nos dá motivos ainda mais fortes para buscar novas medições independentes," conclui a equipe do laboratório.

Via iT
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

0 O futuro e os carros sem motorista já chegaram ao aeroporto de Londres


Carros sem motorista sempre foram um objeto de desejo dos fãs de ficção científica. No aeroporto de Londres, eles já são realidade e estão ajudando a economizar tempo e energia.


O percurso 3,8km que os passageiros precisam percorrer do estacionamento até o terminal 5 do aeroporto de Heathrow antes era feito por ônibus a diesel que ficavam circulando em um loop sem fim à espera de passageiros. Agora, com os pod cars elétricos, o transporte é feito sob demanda, diminuiu o tempo que levava para os passageiros irem de um ponto a outro e causa bem menos danos ao meio-ambiente.

O próximo passo são os carros voadores. Mas se isso for demorar muito, eu me contento com uma Hover Board.


Via LikeCool e  NYT
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0 Família de asteroides é inocentada da extinção dos dinossauros

Com a queda da teoria, a extinção dos dinossauros voltou a ser um mistério: de onde teria vindo o asteroide?[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Mistério em aberto


A família de asteroides apontada como a responsável pela extinção dos dinossauros acaba de ser inocentada.

A descoberta reabre o caso que é um dos maiores mistérios da Terra.

O responsável pelo incômodo achado foi o telescópio espacial WISE, que mapeou o céu inteiro duas vezes, de Janeiro de 2010 a Fevereiro de 2011.

A porção caçadora de asteroides da missão, chamada NeoWISE, catalogou 157.000 asteroides, dos quais 33.000 eram desconhecidos.

Asteroide e dinossauros

Não é a primeira vez que a teoria sobre a extinção dos dinossauros fica ela própria em risco de extinção:

Embora os cientistas continuem bastante confiantes em afirmar que um grande asteroide caiu na Terra cerca de 65 milhões de anos atrás, levando à extinção dos dinossauros e de outras formas de vida, eles não sabem exatamente de onde veio tal asteroide, como ele fez o seu caminho até a Terra e nem mesmo exatamente onde teria caído.

Família Batistina

Um estudo de 2007, usando observações na faixa da luz visível, feitas por telescópios terrestres, sugeriu que o asteroide matador seria o remanescente de um asteroide gigantesco, gerador de uma família conhecida como Batistina (ou Baptistina).

Segundo essa teoria, o Batistina teria colidido com outro asteroide do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, cerca de 160 milhões de anos atrás.

A colisão teria arremessado pelo espaço pedaços do tamanho de montanhas. Um desses pedaços teria então acertado a Terra, levando à extinção dos dinossauros.

Pontos ressonantes

Mas a teoria não suportou as observações em infravermelho do WISE, que descartaram qualquer participação da família Batistina no episódio.

Os novos dados sugerem que o Batistina-pai, que se quebrou para dar origem a toda a família observada hoje, quebrou-se há apenas cerca de 80 milhões de anos, o que é apenas metade do tempo calculado anteriormente.

"Isso não dá tempo para que os restos da colisão se movam para um ponto ressonante e sejam arremessados em direção à Terra," disse Amy Mainzer, coautora do estudo. "Acredita-se que esse processo leve dezenas de milhões de anos."

Áreas de ressonância são locais no cinturão principal de asteroides onde a interação entre a gravidade de Júpiter e de Saturno podem funcionar como uma máquina de pinball para disparar asteroides para regiões próximas à Terra.

Via iT
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0 Vasos sanguíneos artificiais feitos por impressora 3D

Cientistas injetam fluido em um vaso sanguíneo artificial, construído por impressão 3D e polimerização multifotônica.[Imagem: Fraunhofer IGB]
Engenharia de tecidos


A impressão 3D vem avançando rapidamente, já sendo possível imprimir de chocolates a aviões.

A novidade mais recente é a impressão de vasos sanguíneos artificiais, que poderão ser usados para vascularizar tecidos artificiais ou serem diretamente usadas em implantes, eventualmente substituindo as veias safena e mamária em cirurgias cardíacas.

E os engenheiros do Instituto Fraunhofer afirmam que já é possível sonhar com a impressão de órgãos complexos no futuro.

A fabricação de órgãos humanos artificiais em laboratório é o grande sonho da engenharia de tecidos, que vem avançando rapidamente, mas ainda longe desse objetivo.

Vascularização

Um dos grandes problemas para fazer um tecido artificial comportar-se de forma mais parecida com um tecido biológico natural é o suprimento de sangue.

Por exemplo, somente uma vascularização adequada poderá permitir que um implante de pele artificial integre-se ao organismo do paciente, recebendo os nutrientes de que precisa para não gerar uma "quebra" na estrutura do órgão.

O mesmo é necessário para criar uma "ponte sanguínea", substituindo partes de veias e artérias danificadas ou entupidas.

Para fabricar os vasos capilares biocompatíveis, os engenheiros alemães combinaram a tecnologia de impressão 3D, já bem estabelecida no campo da prototipagem rápida e da fabricação aditiva, com uma técnica chamada polimerização multifotônica.

Como as impressoras 3D não são precisas o suficiente para fabricar objetos com a precisão de um vaso capilar, pulsos curtos e intensos de laser estimulam as moléculas do material de forma muito precisa, tornando o material mais elástico no ponto focal do laser.

Desta forma, é possível criar estruturas elásticas muito precisas - os vasos sanguíneos artificiais - dentro de um projeto de impressão 3D.

Biofuncionalização

A seguir, em um processo chamado biofuncionalização, o material elástico recebe um revestimento de biomoléculas - heparina ou peptídeos - para que as células vivas possam se ligar a ele.

Tanto a construção inicial do modelo 3D quanto a biofuncionalização utilizam "tintas" híbridas especiais, contendo todas as moléculas necessárias, incluindo os polímeros e as biomoléculas.

Finalmente, é aplicada uma camada de células endoteliais, que formam a camada interna de cada vaso sanguíneo artificial. Essa camada permite que a artéria ou veia artificial seja conectada à artéria biológica natural do corpo onde será feito o implante.

Os pesquisadores ainda não testaram seus vasos sanguíneos artificiais em organismos vivos.

Via iT
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