Informações obtidas por agências de inteligência há quatro anos ajudaram governo americano a encontrar líder da Al-Qaeda
O líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden, foi morto neste domingo no Paquistão. De acordo com o governo dos Estados Unidos, Bin Laden foi morto em uma operação conduzida por uma unidade de elite do Exército americano na cidade de Abbottabad, a 100 quilômetros de Islamabad, no Paquistão.
Veja em ilustrações como a operação levou à morte de Bin Laden:
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Há cerca de quatro anos, serviços de inteligência dos EUA identificam mensageiro de confiança de Bin Laden, a partir de pistas dadas por prisioneiros de Guantánamo |
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Após dois anos, serviços de inteligência definem área de atuação do mensageiro e, em agosto de 2010, localizam mansão de Abbottabad |
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Em setembro, relatórios da CIA determinam que havia uma 'forte possibilidade' de que Bin Laden estivesse escondido na mansão |
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Em março, Obama dá início a reuniões que definem detalhes da operação. No dia 29, autoriza o ataque |
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No domingo (1º de maio), unidade de elite do Exército americano ataca a mansão a partir de helicópteros |
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Bin Laden resiste à prisão e é morto com um tiro na cabeça. Outros três homens e uma mulher são mortos |
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Em pronunciamento, Obama anuncia que Bin Laden foi morto |
Foram mais dois anos até que as autoridades americanas descobrissem a região em que o mensageiro atuava. Em agosto do ano passado, as agências de inteligência chegaram à fortaleza construída em Abbottabad, uma cidade de médio porte localizada a cerca de uma hora de Islamabad.
A propriedade era tão segura e tão grande que autoridades americanas duvidaram que ela tivesse sido construída para esconder um simples mensageiro. Em um minucioso trabalho de inteligência, agentes da CIA analisaram fotos de satélites e diferentes relatórios na tentativa de determinar quem poderia estar vivendo no local. Em setembro, a CIA considerou que a possibilidade de Bin Lader estar ali era grande.
O local era muito diferente das cavernas nas montanhas onde muitos imaginavam que Bin Laden estivesse se escondendo. Pelo contrário, era uma mansão nos arredores do centro da cidade, localizada em um imponente morro e rodeada por muros de concreto com arame farpado no topo.
O imóvel foi avaliado em US$ 1 milhão, mas não tinha nem um telefone nem acesso à internet. Seus moradores eram tão preocupados com a segurança que queimavam o lixo e não o colocavam para coleta na rua como os seus vizinhos.
Autoridades americanas acreditam que a fortaleza, construída em 2005, foi concebida com a finalidade específica de esconder Bin Laden.
Outros meses de trabalho de inteligência se seguiriam até que, em 14 de março, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou a primeira de cinco reuniões sobre segurança nacional que aconteceriam nas próximas seis semanas para discutir a operação.
A última delas aconteceu na manhã de sexta-feira (29) e contou com a presença de Thomas Donilon, conselheiro de segurança nacional, John O. Brennan, conselheiro de contraterrorismo, e outros assessores próximos do líder. Antes de visitar o Alabama para observar danos causados por tornados, Obama assinou a ordem formal que autorizou a operação no local onde o governo acreditava que servia de esconderijo para Bin Laden.
No domingo (1º), uma pequena equipe de militares e agentes de inteligência americanos saíram de helicópteros para o ataque contra o prédio fortificado. Autoridades dos EUA forneceram poucos detalhes sobre a operação, mas disseram que um tiroteio começou e que Bin Laden tentou resistir. O líder da Al-Qaeda foi morto com um tiro no cérebro, de acordo com o governo. Outros três homens - incluindo um dos filhos de Bin Laden - e uma mulher que teria sido usada como escudo humano também morreram.
Autoridades americanas disseram que um dos helicópteros caiu durante a missão por causa a uma falha mecânica, mas que nenhum americano ficou ferido. Eram 15h50 (horário local) quando Obama recebeu a notícia de que Bin Laden havia sido identificado. Segundo o governo, o corpo foi "enterrado no mar".
Via iG e The New York Times
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